Envelhecimento e atenção à dependência no Brasil
Data
Mar 2023
O Brasil está passando por um rápido processo de envelhecimento populacional, tal como outros países da América Latina e do Caribe. A transição demográfica, junto da melhoria das condições de vida da população nas últimas décadas, tem assegurado um aumento sem precedentes na esperança de vida dos brasileiros. Espera-se que a população com mais de 65 anos de idade aumente dos 13% atuais para 22% em 2050.
Este envelhecimento da população traz consigo desafios, um deles é como responder a uma procura crescente por serviços de atenção a longo prazo num contexto de redução das redes de cuidado tradicional. Na prática, 10,5% das pessoas com 65 anos ou mais estão em situação de dependência funcional, e a porcentagem sobe para 29% entre os idosos com mais de 85 anos. Em termos absolutos, isto significa mais de 2 milhões de pessoas com mais de 65 anos e com dificuldades para realizar atividades básicas da vida diária, sendo que este número pode chegar a mais de 6 milhões de pessoas até 2050.
Este relatório apresenta uma visão geral do envelhecimento da população brasileira - com enfoque na dependência funcional - e analisa o papel do Estado na resposta à procura de cuidados de longa duração, bem como a oferta de serviços públicos e privados disponíveis no país.
Devido ao modelo de organização federalista do Brasil, no qual os municípios e estados têm autonomia para aderir aos programas e políticas do governo federal, as ações não são homogêneas em todo o território. Com o objetivo de apresentar uma análise que mostra a heterogeneidade da realidade brasileira, escolhemos tomar como exemplo um estudo de caso do estado de São Paulo e de três dos seus municípios (São Paulo, Caraguatatuba e Taguaí), com populações de diferentes tamanhos.
O estudo revela que existem áreas importantes que se beneficiariam de melhorias, tanto na cobertura como na qualidade dos serviços de atenção à dependência dirigidos a pessoas idosas. Apesar de alguns esforços a nível local, o país ainda não dispõe de um sistema de cuidados integrados a nível nacional com respaldo legal e institucional. Os serviços de atenção à dependência para pessoas idosas estão majoritariamente integrados no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com alguns outros oferecidos no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).
Este envelhecimento da população traz consigo desafios, um deles é como responder a uma procura crescente por serviços de atenção a longo prazo num contexto de redução das redes de cuidado tradicional. Na prática, 10,5% das pessoas com 65 anos ou mais estão em situação de dependência funcional, e a porcentagem sobe para 29% entre os idosos com mais de 85 anos. Em termos absolutos, isto significa mais de 2 milhões de pessoas com mais de 65 anos e com dificuldades para realizar atividades básicas da vida diária, sendo que este número pode chegar a mais de 6 milhões de pessoas até 2050.
Este relatório apresenta uma visão geral do envelhecimento da população brasileira - com enfoque na dependência funcional - e analisa o papel do Estado na resposta à procura de cuidados de longa duração, bem como a oferta de serviços públicos e privados disponíveis no país.
Devido ao modelo de organização federalista do Brasil, no qual os municípios e estados têm autonomia para aderir aos programas e políticas do governo federal, as ações não são homogêneas em todo o território. Com o objetivo de apresentar uma análise que mostra a heterogeneidade da realidade brasileira, escolhemos tomar como exemplo um estudo de caso do estado de São Paulo e de três dos seus municípios (São Paulo, Caraguatatuba e Taguaí), com populações de diferentes tamanhos.
O estudo revela que existem áreas importantes que se beneficiariam de melhorias, tanto na cobertura como na qualidade dos serviços de atenção à dependência dirigidos a pessoas idosas. Apesar de alguns esforços a nível local, o país ainda não dispõe de um sistema de cuidados integrados a nível nacional com respaldo legal e institucional. Os serviços de atenção à dependência para pessoas idosas estão majoritariamente integrados no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com alguns outros oferecidos no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).